quarta-feira, julho 30, 2008

I'm Bad, I'm Nationwide

E o alarme soa novamente.

Sargento Pritcher, sentado em sua cadeira olhando para a tela de computador de LCD de um de seus subordinados apenas encara as elevações gráficas de energia com terror. Novamente os malditos TRs resolveram se pegar em algum canto da cidade e ele, dessa vez, não pode fazer nada.

Nunca na história da Tecnocracia alguém perdeu tanto quanto ele perdeu nesses últimos cinco meses. Um dos mais promissores agentes morreu em campo, outro foi possuído por uma criatura inter-dimensional e acreditava ser a reencarnação de um cavaleiro lendário e o último (e primeiro a debandar) se deixou levar por conexões afetivas antigas.

Além deles, alguns ataques mal-sucedidos à apenas uma Cabala de Tradicionalistas, à alguns grupos Nefandi, aos Lobisomens da região e a baixa de vários órgãos influentes da sociedade londrina para os Vampiros (que agora estão no poder da cidade, provavelmente se preparando para algo grande).

Com isso o corte orçamentário foi grande. Ele tem apenas funcionários do baixo escalão (ou seja, todos das Massas) e praticamente nenhum equipamento avançado. Bom, ficamos com uma caminhonete blindada e com alguns mísseis, mas sem munição caso os use em algum dia. De armas pesadas nada.

Punição? Claro. Foi ficar ali, monitorando o que acontece. E, bem, a sua política de aprisionamento e interrogatório foi permanecida, nada de matanças desnecessárias. Um pacto de quietude deveria ser assinado ou apenas acordado.

Em um momento, o Sargento se levanta de supetão e vai até o monitor não acreditando na leitura que acabara de ver. Muito alta, absurdamente alta. E... não! NÃO!

RASGO INTER-DIMENSIONAL NÃO!!!!

Impotente, o Tecnocrata fica se descabelando, tentando achar uma saída pra tudo isso. Talvez uma conversa franca, quem sabe.

Ainda bem que a Tecnocracia como um todo tem se importado mais com os cortes que a Dimensão tem sofrido. Nos últimos tempos as ocorrências têm aumentado por todo o mundo e isso é um dado realmente preocupante. Provável que agora as atenções se voltem para Londres depois desses dois eventos recentes (contando com esse, claro).

...

- Devo forjar dados ou não? - pensou consigo mesmo.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Abstractions

Trancado em uma realidade, Vincent se questiona se tudo aquilo que ele estava passando existia mesmo ou era apenas mais um episódio de Silêncio. Curioso pensar que, em tal realidade, um antigo discípulo seu (pelo menos no papel) esteja presente, cego, e com uma pedra dourada presa à testa.

Pra falar a verdade, Vincent vem se questionando se isso não é mais um episódio de Silêncio desde que ele havia conversado consigo mesmo na Índia uns três meses atrás, ou melhor, momentos atrás. O Silêncio prega peças enormes e tudo isso pode passar em questão de segundos... ou realmente está durando o tempo que ele acha que está.

Não interessa.

De um jeito ou de outro, essa realidade (fosse um Silêncio ou não) é mantida por Héracles e só convencendo o rapaz a libertá-lo dali (mesmo que Héracles seja apenas uma personificação de um pensamento seu) que conseguirá sair dali.

Desde que eles se perderam de Morgana em algum lugar no espaço-tempo, eles vieram parar ali: Vincent e Thor.

Melhor dizendo: não bem eles, mas sim personificações de raciocínios fragmentados misturados com pedaços de sua memória e com uma pitada de paranóia e loucura que...

Epa! Estou louco? Será isso a minha realidade particular? Será assim que os Desauridos vivem? Estranho, dizem que eles costumam viver no mundo ideal deles, uma espécie de autismo.

E isso está longe de ser meu ideal de mundo. Eu, Thor, um deserto e um ex-discípulo (no papel, pelo menos) cego com uma pedra dourada presa na testa.

Interessante perceber que eu penso sobre mim em terceira pessoa, será a narração desse texto imaginário uma outra personificação de mim? Ou melhor, é uma personificação a narração em minha mente? Não seria melhor dizer uma oralização da minha voz?

Mas eu não ouço nada.

De repente, sugiro a Thor que vá pedir ajuda. Em um primeiro momento ele se recusa, como eu recusaria normalmente (acho que ele sou eu em algum lugar) para não deixar um velho amigo na mão, porém, depois de insistir muito comigo mesmo (ou com Thor), eu resolvo (ou melhor, ele) buscar ajuda.

Passa algum tempo e uma outra figura surge. É Sobretudo Negro, um antigo companheiro meu, sempre disposto a ajudar e com um senso de honra interessante, entretanto sem perder a possibilidade de honrar negócios.

Típico. Seria ele em quem eu pensaria em um resgate desse tipo, só falta dizer que ele deixou Thor tomando conta da...

Não disse? Ou melhor, pensei.

Eu converso com Héracles (ou melhor, Sobretudo conversa, mas sou eu) e eles entram em um embate espiritual (ou melhor, eu entro). Depois de algum tempo debatendo sobre seres espirituais e coisas do tipo, Héracles permite a saída de sua realidade e manda um recado para ser entregue para “aqueles que buscam a verdade das Esmeraldas”.

Dito isso, eu e eu saímos pela porta da frente do reino e damos de cara com Thor nos esperando na Capela.

...

...

...

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Odeio racionalizar algo irracionável.

Era realidade tudo o que eu testemunhei e toda a história das Esmeraldas, a morte de Alejandro também é real (apesar dele ter morrido algumas vezes desde que eu o conheço) e...

Élis realmente está em perigo.

Insensatez de minha parte deixar que ela busque ou vá atrás de objetos tão perigosos sozinhos, ela ainda é uma criança! Digo, não uma criança mesmo, até porque ela já é bem grandinha na utilização da mágica, mas, mesmo assim, lidar com Blackmore não é nada interessante e...

Ouviram isso?

Todos assentem com a cabeça e vão ver o que é. Alguns furgões pretos rasgam as ruas e uns helicópteros opacos sujam o céu escuro de Londres, com certeza a Tecnocracia e há alguns quarteirões dali, eu consigo ver, meio incrédulo, que a rua está interditada, logo em seguida eu sinto a Ressonância de Élis enquanto Thor já se prepara para correr na direção do perigo. Alguém diz pra esperar.

Tomo um susto quando vejo as figuras sombrias de Blackmore e seus Blackmorezinhos por trás de nós. Ele está ali para ajudar, perfeito. Tudo o que precisávamos: um grupo de Nefandi para ajudar a resgatar nossos pupilos (ou antigos pupilos, não importa), isso não virá de graça.

Fico sabendo que Mei-Hai também está de volta. Isso não é bom. Principalmente se Blackmore está por perto. Ele, contudo, garante que não quer mais nada com ela, que seu interesse é puramente as Esmeraldas, mas alerta que a Tecnocracia pode querer algo com todos eles.

De qualquer jeito, com aquele amontoado de besteiras tecnológicas voando dali para ali enquanto tenta capturar nossos “colegas de profissão”, qualquer ajuda é bem-vinda.

Blackmore expõe seu plano.

Curioso. Ele transparece desespero.

Um bom plano. Esperar que as coisas fiquem realmente pretas para que uma entrada gloriosa e triunfal fosse feita em um momento de puro perigo por qualquer um deles é fabuloso.

Eu preparo meus focos, assim como Thor e Black Coat fazem para juntos, com o poder de nossa Entropia, transformemos as coisas um pouco mais favoráveis para nossa entrada e a escapada deles.

E eu vejo, enquanto a Entropia começa a fluir, um Blackmore com um brilho diferente nos olhos, o brilho que ele tinha quando o conheci, o brilho de um Eutanatos, ele se utiliza de seus focos antigos, assim como algumas de suas garotas ajudam no ritual.

Sentindo uma estranha Ressonância antiga, junto com uma felicidade nostálgica de trabalhar novamente em conjunto com Thor, Blackmore e Coat, a Entropia flui mais abertamente por mim, mostrando-me caminhos que antes eu não tinha observado e que ainda são passíveis de exploração. Por um momento eu acreditei naquela baboseira que os Coristas mais jovens vivem dizendo sobre a possível redenção de um Nefandus.

Blackmore sorri simpaticamente pra mim, como se estivesse feliz em trabalhar comigo de novo.

Ilusão.

Sangue.

Sinto que Élis ainda está viva, isso me dá forças para pegar leve com essas aberrações.

Fico triste em perceber que, assim que o último Tecnocrata cair, nossos focos focalizarão a presença de Blackmore e faremos questão de destruí-lo. Uma pena, entretanto, se não fizermos isso primeiro, bem capaz que ele faça. Talvez se eu jogar, acidentalmente, um daqueles helicópteros na cara dele...

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Recados Rápidos(?)

Opa!

Galera, achei que para o bem de vocês eu deveria vir até aqui e esclarecer umas coisas:

1: andei pensando, e, em relação à Habilidade "Ocultismo", argumentos do tipo: "Você acha que eu tenho quanto de Ocultismo? Dois? E eu sei como se mata tais seres.", não são válidos (isso não é uma crítica, D, só te usei como exemplo) pelos seguintes motivos:

a) O Mundo das Trevas (onde o jogo é ambientado) é uma caricatura distorcida do mundo em que vivemos. As pessoas são mais frias, mais nervosas, mais estressadas, mais feias e, o mais importante, mais ignorantes. Elas não se importam muito com as coisas ao redor delas, apenas com o próprio umbigo (mais do que aqui no nosso mundinho). Em outras palavras, se nós formos comparar o Mundo das Trevas com o nosso, daremos graças a(ao) ________ (insira o nome da entidade) que vivemos nesse nosso mundo. Como a base do ser humano no Mundo das Trevas não é das melhores, o Ocultismo 2 que nós teríamos, seria bem mais forte do que o Ocultismo 2 de um habitante de lá.

b) Como eu já disse na sessão: não existem exemplares do Livro de Nod, de Vampiro: A Máscara e afins nas prateleiras de alguma loja qualquer por um simples fato: esses seres EXISTEM no Mundo das Trevas e achar informações úteis sobre eles sempre é muito penoso e perigoso.

Acho que só sobre isso.


2: minha Crônica não é Crossover. O material encontrado em Vampiro: A Máscara e Lobisomem: O Apocalipse são apenas referências para os meus antagonistas, ou seja, eu posso ficar mais a vontade para utilizar os poderes dos meus vampiros e garous, afinal, a visão dos Magos sobre as demais raças do Mundo das Trevas é a pior possível (como todos em relação a todos) em termos de medo, e eu pretendo que meus Vampiros e Garous façam justiça à essa visão deturpada. Pra falar a verdade, o Benjamin já deu uma pista de como ELE conhece a sociedade mágica: como um vespeiro, cutuca um e os outros aparecem. E vocês sabem que isso não é assim nem de perto.


Acho que sobre isso é só também.


3: esse Capítulo está pra acabar. Só mais uma Esmeralda aparecer (a última que falta pra dar as caras) e vocês entrarão no último Capítulo da Crônica, portanto comecem a prestar mais atenção no círculo da trama que vem se fechando, antes disso acontecer por completo, algumas pessoas devem aparecer para importunar vocês antes do final do Capítulo, aí eu terei fechado os meus planos secundários e poderei dar asas, finalmente, à trama principal.


Acho que terminei.




Abraços.




PS: já vão pensando se vocês irão querer uma continuação pra essa Crônica ou se vão querer jogar outra coisa. Também me adiantem o quanto antes o questionário e coisas afins que vocês acham que gostariam de compartilhar com quem ler o livro.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Erro

Interpretei erradamente uma regra do Sistema. Vergonhoso, inclusive.

Lembram quando eu falei que os Magos poderiam usar um ponto de Quintessência para curar um Dano Agravado e talz? Pois é, não é tão simples assim.

Danos Agravados ou são curados com tempo e descanso ou apenas com Efeitos VULGARES DE VIDA, ainda sim, para cada nível curado é necessário o gasto de UM PONTO de Quintessência. Ou seja: Magos sem a Esfera Vida (tipo Élis) não podem se curar queimando um ponto de Quintessência como eu disse anteriormente.

Bom, era isso. Vejo vocês no domingo.




Abraços.

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Mesmo Bar II

Eu estava seguindo meu grande íd... digo... Scarface na empreitada ao bar. Ele tinha ligado para um amigo, mas ele disse que iria se atrasar um pouco. “Coisas de Lobisomem” - disse para mim tentando me tranqüilizar. O que não deu certo: ele, um TECNOCRATA, ligando pra um AMIGO LOBISOMEM?

Engraçado que aquela marca de cicatriz encaixa em uma mão de Lobisomem certinho...

Entramos no bar, eu, cobrindo a retaguarda dele, observava os olhares das pessoas que havíamos deixado para trás. Todas elas com um ar de... alegria?

Foi aí que eu reparei: eles não eram normais. Nenhuma das pessoas daquele bar lotado eram normais. E antes que eu pudesse ver ou sentir qualquer coisa, por puro reflexo de meus anos de treinamento com o meu antigo Aprimoramento, coloquei meus braços para segurar um mart...

ZARAK?????

Juro que vi a constelação de Andrômeda antes de apagar.