O pôr-do-sol era realmente belo quando visto no meio do deserto no Oriente Médio, infelizmente, a beleza da paisagem que ali estava não combinaria com o banho de sangue que viria a acontecer.
Sentados uma colina a frente do exército que estava pronto para a batalha, duas pessoas conversavam sentadas: Thor, um poderoso Eutanatos e Abdul Al-Safad, um Batini companheiro:
- Fico feliz que tenha atendido ao meu chamado, Thor. - falou o mouro.
- É difícil ignorar neve entrando pela janela de seu quarto. - respondeu com ironia.
- Mesmo?
- Quando se está na Índia, sim.
- É difícil ignorar neve entrando pela janela de seu quarto. - respondeu com ironia.
- Mesmo?
- Quando se está na Índia, sim.
Os dois ainda observavam o Horizonte, onde o imenso sol (que sempre parece maior para eles) estava se pondo:
- É o mínimo que eu posso fazer. Estou em débito com você a eras, Safad.
- Então é só isso? Débito?
- Obviamente que não, porém, chegou o grande momento onde o favor prestado por você durante as Guerras do Himalaia pode ser retribuído.
- Não fui exatamente eu quem ajudou, porém eu lembro de cada detalhe.
- Idem, meu amigo. Aliás, nós estamos presos a um ciclo de reencarnação, sempre nos encontramos, me parece que essa é a quinta ou sexta vez.
- Acho que é a quarta...
- Talvez sétima...
- Então é só isso? Débito?
- Obviamente que não, porém, chegou o grande momento onde o favor prestado por você durante as Guerras do Himalaia pode ser retribuído.
- Não fui exatamente eu quem ajudou, porém eu lembro de cada detalhe.
- Idem, meu amigo. Aliás, nós estamos presos a um ciclo de reencarnação, sempre nos encontramos, me parece que essa é a quinta ou sexta vez.
- Acho que é a quarta...
- Talvez sétima...
Os dois se calam novamente para prestarem atenção nas máquinas que vêm chegando, a mais ou menos uns dois quilômetros de distância. As mãos de Abdul começam a suar. Thor fica inquieto. Esta batalha, provavelmente, não será ganha. Eles são muitos e mais poderosos.
- Quer ficar e lutar, Abdul?
- Sim. Como eu previ, eles viriam nesse horário, você preparou as armadilhas?
- Claro.
- Sim. Como eu previ, eles viriam nesse horário, você preparou as armadilhas?
- Claro.
Assim que Thor profere as palavras, meia dúzia de explosões são ouvidas ao longe. Eram as armadilhas postas, meia dúzia de tanques e mais alguns vários soldados são estraçalhados pelas criaturas bizarras que surgiram das areias, elas lançavam bolas de fogo pelos olhos e tinham uma aparência que lembravam a de um morcego misturado com leão, porém do tamanho de um elefante.
Uma.
Duas.
Quatro.
As seis criaturas caem e, ainda assim, sobram vários soldados e alguns tanques, dois ou três, não importa. Eles estavam vindo e agora em velocidade acelerada. Thor começa a jogar sementes na areia e correr na direção oposta a do exército inimigo, Abdul já havia partido e, nesse exato momento, estava conversando com seu exército (pequeno, mas ainda assim um exército):
- Não vou mentir para vocês. Eles são mais numerosos e mais fortes. Eles têm máquinas de guerra e armas fabulosas, nós estamos montados em cavalos e armados com espadas. Porém não temam! Eles lutam por cobiça, nós pela nossa terra! Nós temos a terra ao nosso lado, nós temos o deserto ao nosso favor. Usem sabiamente nosso recurso e talvez nós saiamos vitoriosos. Caso nos derrotem, se certifiquem que eles estejam debilitados o suficiente para que o deserto termine o nosso trabalho. - dizendo essas palavras, Abdul se vira de costas para o exército e vê Thor chegar, com um consentimento com a cabeça, ele confirma se as plantas já foram plantadas, várias delas. - Quando o sol terminar de se pôr, eles aparecerão no topo daquela colina, assim que derem um passo, as plantas de Thor atacarão, nesse exato momento será a hora que deveremos partir, boa sorte a todos e que Alá esteja com vocês.
- Belas palavras, você realmente acredita em uma vitória? - Thor pergunta.
- Sempre resta a esperança. Eu lutarei até o fim.
- Eu lutarei até que não fique tão perigoso assim, darei suporte aos demais. Até logo.
- Adeus.
- Sempre resta a esperança. Eu lutarei até o fim.
- Eu lutarei até que não fique tão perigoso assim, darei suporte aos demais. Até logo.
- Adeus.
Por um momento, Thor estranha com as palavras proferidas pelo seu amigo. Ele para e volta.
- O que disse?
- Adeus. Nós não voltaremos a nos encontrar, o meu ciclo acaba aqui.
- Como sabe?
- Eu vi, meu destino é morrer aqui, hoje, exatamente daqui uns 40 minutos, morto por uma explosão que eu não consegui perceber e me proteger a tempo.
- Você viu a sua morte, isso não quer dizer que nós não voltaremos a nos encontrar.
- Acredite em mim Thor, nós não voltaremos a nos encontrar.
- Adeus. Nós não voltaremos a nos encontrar, o meu ciclo acaba aqui.
- Como sabe?
- Eu vi, meu destino é morrer aqui, hoje, exatamente daqui uns 40 minutos, morto por uma explosão que eu não consegui perceber e me proteger a tempo.
- Você viu a sua morte, isso não quer dizer que nós não voltaremos a nos encontrar.
- Acredite em mim Thor, nós não voltaremos a nos encontrar.
Thor encara Abdul e, sem dizer nada, vai para o fundo das fileiras.
O exército inimigo surge no topo da colina e começa a descer, ferozmente, em direção aos mouros. Os espinhos, mais afiados e bem maiores que o normal, começam a surgir e a chicotear no exército inimigo. Pedaços de pessoas e sangue começam a ser derramados pela areia.
- Vão! - em um grito, um cavalo de areia surge sob Abdul, o qual, instantaneamente, ele monta e lidera seu exército até o vale entre as duas colinas.
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- Vincent, estou com um problema. - Thor conversa com seu antigo companheiro.
- Qual?
- Meu sobrinho.
- Isso é um problema.
- Você conhece meu método, ele fará 15 anos semana que vem, será a hora que ele sairá para o mundo.
- Assassinou os pais com apenas 6 anos, não? Ele será um problema para a sociedade. Por que você não dá um Familiar para ele?
- Não confio nesses espíritos.
- Por que não? Martika sempre foi muito confiável. Está com Élis nesse exato momento.
- Confiável? Você vivia reclamando dele. Por onde ela anda?
- Não sei. Às vezes ela me telefona.
- Você já se acostumou com isso?
- Sim, é simples. É só discar e apertar o botão verde.
- Ah sim! Você só usa para telefonar, não?
- Claro! O resto é muito complicado, ainda prefiro Emissários.
- Não são confiáveis.
- Por que essa rixa com espíritos?
- Não é rixa alguma, eles apenas não são confiáveis.
- Não tem nenhum que seja de sua confiança?
- Não. Vou treinar.
- Qual?
- Meu sobrinho.
- Isso é um problema.
- Você conhece meu método, ele fará 15 anos semana que vem, será a hora que ele sairá para o mundo.
- Assassinou os pais com apenas 6 anos, não? Ele será um problema para a sociedade. Por que você não dá um Familiar para ele?
- Não confio nesses espíritos.
- Por que não? Martika sempre foi muito confiável. Está com Élis nesse exato momento.
- Confiável? Você vivia reclamando dele. Por onde ela anda?
- Não sei. Às vezes ela me telefona.
- Você já se acostumou com isso?
- Sim, é simples. É só discar e apertar o botão verde.
- Ah sim! Você só usa para telefonar, não?
- Claro! O resto é muito complicado, ainda prefiro Emissários.
- Não são confiáveis.
- Por que essa rixa com espíritos?
- Não é rixa alguma, eles apenas não são confiáveis.
- Não tem nenhum que seja de sua confiança?
- Não. Vou treinar.
Com essas secas palavras, Thor se afasta e vai pesquisar em seus livros por algum espírito que ele pudesse confiar.
Depois de consultar em vários livros e em vários lugares, ele não tem nenhuma idéia, mas olhando para um livro ele tem uma idéia, e resolve executá-la ali mesmo, na biblioteca.
- Não voltaríamos a nos encontrar, não é mouro?
Com um sorriso no rosto, Thor prepara as velas vermelhas dispostas em um quadrado, velas pretas são dispostas em um pentagrama circunscrito neste quadrado e um círculo é desenhado com giz branco. No centro, Thor põe o Grimório de seu amigo e, completamente nu, ele começa a recitar um mantra em árabe, aprendido justamente com o seu amigo de longa data. O mantra é finalizado com o nome de seu amigo sendo dito num sussurro.
- Eu já havia previsto isso, Thor. - uma voz vinda de trás de uma das estantes - Só não sei o que você quer comigo.
Ele continuava o mesmo, aliás, pensar isso é uma besteira, afinal, almas não envelhecem.
- Quero que você observe um discípulo meu, como Familiar. Diga seu preço, mouro.
- Quero buscar vingança contra aqueles que destruíram a minha terra e me mataram, com o tempo exigirei isso de seu discípulo.
- Perigoso não?
- O preço é esse. Disposto a pagar?
- Sim. Algum corpo em especial?
- Um que lembre a minha pessoa, deixo a sua escolha.
- Acho que uma cobra seria apropriada...
- Quero buscar vingança contra aqueles que destruíram a minha terra e me mataram, com o tempo exigirei isso de seu discípulo.
- Perigoso não?
- O preço é esse. Disposto a pagar?
- Sim. Algum corpo em especial?
- Um que lembre a minha pessoa, deixo a sua escolha.
- Acho que uma cobra seria apropriada...
E assim nasceu Freedo.
Um comentário:
cada vez me surpreendendo mais... gostei da historia. Zaraki sabe dessa historia? ou isso eh in-off?
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