Um tempo depois da visita a farmácia, no carro, eles conversam:
- Você acreditou nele? - descrente. - Tá brincando? Em nenhuma palavra. - O que devemos fazer com ele? Condicioná-lo? - Não. Segundo o Sargento Pritcher, ela deve voltar a Londres, vamos apenas monitorá-lo. - Ele não pode avisá-la? - Pode, e já fez isso, olhe. - o primeiro homem de uns 30 anos aparentemente, mostrou em seu relógio o número discado - É o número dela. Instalamos um grampo há algum tempo em seu telefone. - Perspicaz. - elogiou o segundo homem - às vezes eu acho injusto você estar em um posto tão baixo. - Isso está para mudar, meu caro. É apenas uma questão de tempo. - Você diz isso há quase 5 anos Agente W, desde que começou a trabalhar com a gente. Elogios aqui, condecorações acolá, mas nada de promoção. - Eu faço o meu trabalho sem esperar lucros, apenas destruo esses TRs malditos. - Você sempre diz isso, desde o caso do Lobisomem. - Aquela matilha? Foi brincadeira de criança, lembra? - Você diz isso porque não deu NENHUM tiro, deixou eu e o Agente J fazer todo o serviço. - Viu? Sou bondoso. E tem outra: alguém tem que pensar no grupo. - Tá certo. Voltando ao assunto: e a tal Meifer? - Vamos para lá agora, meu caro. Parece que eles escaparam, uma patrulha de Engenheiros a procuram, mas nada até agora. - Eles? - Sim, o tio morreu. Mas ela estava com mais um no local. Provavelmente o rapaz que sua tia nos descreveu. - Tia? - Sim, ela tem uma tia. Ela monitora essa menina desde que nasceu. Fez um bom trabalho durante todos esses anos, como prêmio, Sr. Munn a deixou trabalhar conosco nesse caso. - COMO? Sr. Munn tá doido? - Relaxa. A velha não tem idéia que trabalha para a União, para ela nós somos do Serviço Secreto Britânico trabalhando em conjunto com o Governo Americano, ela deve se sentir como uma Bond Girl, algo assim. - Bond Girl? - uma gargalhada em uníssono - impagável! - Ah sim! E aquelas anomalias? Investigadas? - Tá difícil. O tal sacerdote Blackmore não nos dá abertura para nada. Ele parece que, mais uma vez, está protegendo dois TRs. - A china e o latino? - Eles mesmos. Blackmore tem uma vasta popularidade, nunca conseguimos pegá-lo pelos meios mundanos, se tentarmos algo Iluminado eliminaremos um formador de opinião, ele detém muito poder. Poderíamos tentar pegá-lo pelas suas “filhas”, o que acha? - Arriscado. Melhor deixá-lo quieto por enquanto.
Um silêncio impera por alguns minutos, até que Agente K, um homem negro, alto, forte e incompreensivelmente humano recebe um telefonema:
- Sim? Onde? Impossível! DE NOVO???? Certo, faça direito da próxima vez. - desliga o telefone visivelmente desapontado. Agente W o olha por alguns segundos e tenta arriscar um palpite: - Outra tentativa frustrada contra Frankestein? Um resmungo, um suspiro, uma resposta: - Sim. Mais 4 HIT-Marks vaporizados, 2 quebrados e 1 razoavelmente ferido. - E o Doutor? - Parece piada, mas perdemos a luta, aparentemente, para seu filho montado em um Charizard gigante. - Pokémons!? - um aceno negativo com a cabeça - HIT-Marks derrotados por um Pokémon e um Chihuahua Gigante? DE NOVO? - Pois é... eu já disse que é inútil atacá-lo. Ele sempre consegue dar um jeito. Da última vez, ele venceu um Amálgama inteiro e 3 HIT-Marks. - Meu Deus! O que ele usou nessa vez? - Ele comeu uma semente que dava “poderes extras” por um meio bizarro que ele fez questão de explicar na hora, enquanto que nós, certos de nossa vitória, apenas esperamos. - E aí? - Aí que ele ficou loiro, com olhos verdes e super musculoso. Também voava e lançava raios de Energia Primordial pelas mãos. - ... - Reconhece também? A luta durou 5 segundos depois disso. Eu, como já tinha visto o meu filho brincando disso, resolvi teleportar-me na hora. - Não seria melhor deixar esse cara quieto? - É... o Sindicato já reclamou. Acredito que essa foi a última investida contra ele. - Dinheiro. O mundo é escravo do dinheiro. - Pois é. Essa preocupação com lucros nos rendeu um Richie Blackmore e sua trupe. Ainda bem que eles estão se matando por aí, aliás, a missão está dentro do Cronograma, não está? - Sim, por isso ela tem tanta prioridade. A realidade está em nossas mãos, se conseguirmos resolver esse problema, muito provável que sejamos promovidos. - E o Agente J? - Esteve na Índia a pouco tempo, se ele não tivesse sido impedido pelo mentor de Aweshbach e pelo seu filho, ele teria capturado Élis e os outros três TRs com ela. - Seu mentor segurou o Agente J? Impossível! - Ele estava com ajuda, de seu filho provavelmente. Seu filho morreu e ele escapou gravemente ferido. - E o Agente J? - Ficou ferido também, não tanto quanto Vincent, mas o problema foi que seu coração o impossibilitou, o que nós dá certeza que a luta durou pouco mais de 5 minutos. Ele embarcou agora a pouco. - Precisamos ficar de olho nele. A luta foi aonde? - No centro de Bangcoc. Já se passaram quase 10 anos daquele incidente e o Simpósio local ainda tem problemas para recondicionar a Massa, aí, o Agente J abre fogo abertamente no meio da rua, Vincent também não hesitou e fez algumas manifestações bizarras, deve ter morrido por Paradoxo agora. De qualquer jeito, o Agente J terá que se explicar quando chegar, Sargento Pritcher está furioso. Pronto. Chegamos. - Tédio, tédio, tédio. - Para você, para mim é diversão.
E subiram para o apartamento.
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